O termo Deus ex machina surgiu no teatro grego, quando muitas peças terminavam com um ser divino que içado por uma espécie de guindaste surgia para resolver impasses no roteiro da trama encenada.
Pode ser que a complexidade do mundo e a fragilidade da existência nos faça almejar por salvadores da pátria e soluções milagrosas para nossos problemas, ou talvez seja apenas preguiça, mesmo. Mas, não seria a tentativa de justificar nossos vícios e virtudes depositando quase tudo na conta de uma suposta natureza humana, também uma solução Deus ex machina?
O quanto de nossas ideologias, métricas com relação ao que entendemos por sucesso e fracasso, com a estética, ou mesmo no que se diz respeito a concepções éticas, morais e religiosas são fetichizadas por soluções que de tão mágicas e simplistas sequer fazem sentido?